sexta-feira, março 27, 2009

iPhone: mocinho ou vilão?


Ninguém questiona que o iPhone revolucionou a telefonia móvel. Da interface dos aparelhos ao incrível aumento no trânsito de dados, o celular lançado em por Steve Jobs criou novos parâmetros para o negócio e virou referência singular. Mas esse excesso de influência é positivo para o mercado? Durante as apresentações e debates da manhã de hoje no Mobile Marketing Fórum (MMF), realizado em São Paulo, alguns convidados defenderam que a busca pela excelência do padrão iPhone atrapalha a transformação dos celulares em um meio de massa para os anunciantes.


Para Eddie Callaghan, da Jinny Software, é preciso olhar além do hype do iPhone na hora de criar aplicativos, promoções ou anúncios para aparelhos móveis. "Temos 4 bilhões de celulares no mundo, e apenas 17 milhões de iphones. A verdade é que o acesso a internet por celulares continua muito baixo no mundo", afirmou. Para ele, quanto mais avançada a tecnologia maior a restrição de acesso. "Um anúncio não deve ser desprezado porque parece simples demais ou entediante. Dependendo do seu público alvo, pode ser a maneira correta de enviar a sua mensagem."Fernanda Magalhães, gerente do Mobext, disse que uma das premissas da empresa para o mercado móvel é a abrangência da maior quantidade possível de aparelhos.


"Nas nossas iniciativas em mobile, a taxa de click do usuário de aparelhos slim é muito maior do que a de usuários de iphone ou smartphones", revelou. Samantha Jones, coordenadora de negócios do UOL, já havia demonstrado resultados parecidos em sua apresentação, a primeira deste último dia do MMF.Do lado do iPhone, Ado Fonseca, CEO da Mobimarket, e Elisa Calvo, do Terra, reafirmaram que o foco principal das ações de suas companhias no mercado de celulares continuará sendo os usuários do aparelho da Apple e dos smartphones.


"O i-Phone é uma revolução, sim. Nosso foco é no mercado A-B. E esse mercado vai ser touch", afirmou Elisa, em uma referência à interface do iPhone. "Esse é um mercado de inovações. Temos sempre que pensar no próximo passo, achar uma solução que possa causar impacto", concordou Fonseca.

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